Efasc é agraciada com Prêmio Educação RS
17.10.2015
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APL VALE DO RIO PARDO
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Coordenador da Efasc, João Paulo Reis Costa falou em nome da instituição
Jacson Miguel Stülp/CaseMKT
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Efasc recebeu prêmio Educação 2015 do Sinpro/RS
Jacson Miguel Stülp/CaseMKT
Distinção foi entregue na noite desta sexta-feira, em evento promovido pelo Sinpro/RS, em Porto Alegre
Porto Alegre - O trabalho desenvolvido pela Escola da Família Agrícola de Santa Cruz (Efasc) em prol da educação do jovem do campo teve um importante reconhecimento nesta sexta-feira, dia 16. A entidade, que foi indicada pelo APL Agroindústria e Produção de Alimentos do Vale do Rio Pardo, foi agraciada pelo Prêmio Educação RS 2015, promovido pelo Sindicato dos Professores do RS (Sinpro/RS), na categoria Instituição, na sede da entidade, em Porto Alegre. A solenidade contou com a presença do secretário Estadual de Educação, Vieira da Cunha.
Além da Efasc, receberam a Pena Libertária o professor Rodrigo Allegretti Venzon, de Porto Alegre, pelo seu trabalho com educação em grupos indígenas e o projeto Quebrando as Grades da Ilusão, de Charqueadas.
"É com muita alegria que destacamos nesta edição três trabalhos de extremo valor para educação do Estado, que beneficiam a população indígena, jovens privados de liberdade e filhos de agricultores. É reconhecendo iniciativas como estas que buscamos fazer mais pela educação de qualidade", afirmou Margot Andras, diretora do Sinpro/RS.
O sindicato concedeu também uma menção honrosa ao Colégio Coração de Maria, de Santa Maria, pela iniciativa da equiparação salarial dos professores do ensino fundamental, antecipando-se ao processo de aproximação dos valores hora-aula deste nível de ensino.
Escolhidos pelos votos da comissão julgadora e dos professores associados ao Sinpro/RS, os vencedores foram avaliados por critérios como o compromisso com a educação de qualidade, o desenvolvimento da cidadania e o acesso ao conhecimento. O Prêmio Educação recebeu um total de 56 indicações neste ano.
O professor e coordenador João Paulo Reis Costa, lembrou que o Sinpro/RS foi um importante parceiro para a busca do reconhecimento do Conselho Estadual de Educação, quando da sua instalação. "O Sinpro, com este prêmio está dando visibilidade a projetos que estão marginais na Educação do Brasil. Mas que são muito importantes dentro de determinadas camadas da sociedade. E a Efasc representa a agricultura familiar e que faz a produção de 70% dos alimentos que a sociedade consome, e alimento de qualidade, limpo", observou. Ele comentou ainda que o prêmio é um reconhecimento aos pais dos alunos, que apostaram na educação diferenciada, galgada na pedagogia da alternância.
O agricultor Elton Hein, presidente da Associação Gaúcha de Escolas de Famílias Agrícolas (Agefa), destacou o trabalho desenvolvido pela Efasc em prol da juventude do campo. "É um trabalho árduo, mas ter um reconhecimento deste porte, em nível de Estado, tem um peso muito grande. A escola tem uma importância muito grande, pois quando recebemos nossos filhos novamente em casa, percebemos o quanto eles aprenderam", observou.
CATEGORIA PROFISSIONAL
Rodrigo Allegretti Venzon, Porto Alegre.
Atua desde 1982 no apoio às Escolas Estaduais Indígenas. Atualmente na Secretaria de Educação do Estado, trabalha em conjunto com 17 Coordenadorias Regionais de Educação, nas diversas regiões do Estado, tendo por objetivo assegurar o atendimento específico respeitando o bilinguismo e a interculturalidade nas escolas indígenas. Rodrigo orientou os procedimentos administrativos para a regularização das escolas indígenas que resultaram no Parecer Normativo CEED nº 383/2002 e a autorização das escolas estaduais Kaingang de ensino médio, entre elas o Instituto Estadual Indígena Ângelo Manhká Miguel, no município de São Valério do Sul.
CATEGORIA INSTITUIÇÃO
Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc), Santa Cruz do Sul.
Inaugurada em 2009, é fruto de um intenso trabalho de mobilização popular e de diversas articulações institucionais na região do Vale do Rio Pardo. Construída a várias mãos, é a primeira Escola Família Agrícola do Sul do Brasil. A Efasc tem como objetivo principal a oferta de uma formação profissional de nível médio (técnico em agricultura) no contexto da educação do campo, que é construída a partir da realidade dos sujeitos envolvidos e em conjunto com estudantes, famílias, professores e instituições parceiras.
CATEGORIA PROJETO
Quebrando as Grades da Ilusão, Charqueadas
O projeto do Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos Julieta Villamil Balestro (Neeja) visa provocar a reflexão dos jovens, privados de liberdade, sobre como seria sua vida, caso não tivessem entrado para o crime; bem como junto aos jovens e adolescentes da rede de ensino regular, uma reflexão do tema recorrente nas redes sociais de que o crime compensa: "ostentação".
Saiba mais
Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul - EFASC
A Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (EFASC) foi inaugurada em 2009, fruto de um intenso trabalho de mobilização popular e de diversas articulações institucionais na região do Vale do Rio Pardo. Construída a várias mãos, é a primeira Escola Família Agrícola do sul do Brasil. A EFASC tem como objetivo principal a oferta de uma formação profissional de nível médio (técnico em agricultura) no contexto da Educação do Campo, que é construída a partir da realidade dos sujeitos envolvidos e em conjunto com estudantes, famílias, professores e instituições parceiras.
A instituição tem como primeiro pilar a Associação Local de Famílias e desenvolve suas atividades por meio da Pedagogia da Alternância, um sistema educativos em que os estudantes passam um período de uma semana na escola, convivendo em comunidade e aprendendo juntos, e outro período de uma semana junto às suas famílias, afim de aplicar os conhecimentos construídos na escola e aprofundá-los por meio de experimentos e de pesquisa com a famílias e vizinhos, afim de gerar novas dúvidas a serem trazidas para a escola na semana seguinte.
Com isso se objetiva desenvolver uma formação integral dos estudantes, considerando os aspectos sociais, culturais, econômicos, para que estes jovens possam ser agentes de transformação em suas realidades, contribuindo para o desenvolvimento do meio onde estão inseridos. Assim também se busca favorecer um processo de valorização do campo como espaço de vida saudável e produção de alimentos, na contramão dos valores que fortalecem o êxodo rural dos jovens, problema que afeta toda a sociedade brasileira há décadas.
Assessoria de Imprensa do APL Agroindústria e Produção de Alimentos do VRP
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