Santa Cruz do Sul – O Novembro Azul é marcado para ser o da conscientização do câncer de próstata e dos cuidados para a saúde do homem. O urologista e especialista em cirurgia robótica, médico Rodrigo Donaduzzi, porém, afirma que todo o ano é tempo de se cuidar.  

Abaixo, Donaduzzi aborda temas como o impacto da Covid-19 em sua área; a importância da cirurgia robótica em tratamentos na área urológica e a importância de realizar constantemente exames preventivos de saúde.

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1 - Em meio à pandemia pela Covid-19, muitas pessoas deixaram de cuidar da sua saúde, com exames rotineiros. Na área da urologia, se percebeu isso também? Existiu uma demanda represada, com aumento de pacientes com problemas?

Rodrigo Donaduzzi – Sim. Grande parte dos pacientes deixou de fazer seus exames, principalmente os relacionados à saúde da próstata. Com isso, agora estão aparecendo as consequências, como cânceres em estágio mais avançado, muitos dos quais não tendo mais chance de tratamento que leve a cura.

2 - A cirurgia robótica está cada vez mais presente e você foi um dos que apostou nesta funcionalidade. Há quanto tempo trabalha na área e como está a procura dos pacientes por esta técnica?

Rodrigo Donaduzzi – Realizo cirurgia robótica há cerca de seis anos, quando a tecnologia ficou mais disponível em nosso Estado. Vejo desde então uma crescente busca do paciente por esta modalidade de tratamento, uma vez que traz inúmeras vantagens na recuperação. Hoje os pacientes não se contentam apenas com fazer um tratamento, mas sim, com fazer o melhor tratamento.

3 - Quais as principais vantagens da cirurgia robótica?

Rodrigo Donaduzzi – A principal vantagem é não haver necessidade de grandes incisões propiciando menos dor pós-operatória, menor sangramento e retorno precoce às atividades habituais do paciente.  Além disso, o robô permite ampliação de imagem, filtro de tremor com maior precisão ao cirurgião para separar estruturas importantes como os nervos que determinam as ereções e a continência urinária.

4- Onde você realiza estas cirurgias com o robô?

Rodrigo Donaduzzi – Hoje realizo as cirurgias em Porto Alegre com todo pré-operatório e acompanhamento pós-operatório feito em Santa Cruz do Sul, desta forma o paciente será assistido constantemente pelo mesmo médico que realizou o procedimento, o que considero o mínimo que o paciente merece. Cirurgias pela técnica tradicional (sem o robô) são feitas aqui em Santa Cruz. 

5- Ainda está longe a possibilidade se realizar as cirurgias (robótica) em Santa Cruz do Sul?

Rodrigo Donaduzzi – O primeiro desafio para montar um serviço de cirurgia robótica é ter médicos de diferentes especialidades devidamente capacitados, e hoje tenho visto um aumento de interesse pela formação nesta técnica. A segunda barreira a ser vencida é o grande custo para aquisição do robô, mas espero quê tenhamos o equipamento assim que possível.

6 - Independente de novembro ser o mês para campanhas de conscientização em relação ao câncer de próstata, é fundamental fazer os exames durante todo o ano?

Rodrigo Donaduzzi – Sim. O mês de novembro foi escolhido para ser o que se divulga sobre a importância do diagnóstico do câncer de próstata e demais doenças comuns nos homens, mas todo ano deve ser usado para cuidar da saúde masculina.

7- Como avalia as consultas/conscientização (aumento) para a realização de exames preventivos, após tantos anos de alertas para prevenir o câncer de próstata?

Rodrigo Donaduzzi – Aparentemente está havendo uma maior conscientização dos homens em buscar ajuda, à medida que os anos passam. Infelizmente, no entanto, ainda há bastante preconceito, com quase metade dos homens nunca tendo consultado.

8 - Quais os conselhos que você dá para os pacientes que apresentem qualquer sintoma urinário ou em genitais?

Rodrigo Donaduzzi – Qualquer sintoma persistente relacionado ao ato de urinar ou lesão em órgãos genitais deve motivar a consulta a um urologista o qual iniciará um processo de investigação e tratamento. No entanto é importante entender que no caso do câncer de próstata não há qualquer sintoma no início e fazer os exames é a melhor forma de descobrir a doença.  

Assessoria de Imprensa do médico urologista Rodrigo Donaduzzi

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