Venâncio Aires - O Instituto de Oncologia Saint Gallen, Unidade Venâncio Aires, realizou no dia 8, uma palestra com a médica Ana Caroline Zimmer Gelatti sobre o tema Estratégias Individualizadas em Oncologia. Ana Caroline é oncologista clínica do Hospital do Câncer Mãe de Deus, investigadora do Centro de Pesquisa de Oncologia da PUCRS e mestre em Medicina e Ciência da Saúde pela PUCRS.

Segundo a médica oncologista do Instituto de Oncologia Saint Gallen, Sheila Calleari Marquetto, o objetivo, além da integração dos médicos que trabalham em Venâncio Aires, foi a atualização sobre Estratégias Individualizadas em Oncologia. "O propósito foi alcançado com uma aula de excelente qualidade ministrada pela Dra. Ana, que abordou o tema de maneira clara e objetiva para que todos possam lançar mão na rotina diária dos consultórios", explicou a oncologista.

Conforme Marquetto, hoje todo paciente com câncer necessita do médico oncologista para dar andamento ao tratamento, mas também necessita de seu médico generalista para que tudo ocorra na mais perfeita harmonia. "É com essa sintonia que queremos trabalhar e ajudar nossos pacientes", completa Sheila.

A palestrante Ana Caroline Zimmer Gelatti salientou que até hoje ainda a oncologia vive um desafio de mitos. "Nem tudo que escutamos pode ser considerado um fato, e devemos aprender a analisar as situações sob diversas perspectivas antes de considerá-las uma verdade absoluta. É sabido que a incidência de novos casos de câncer vem aumentando ao longo dos últimos anos, e estima-se que em 2030 tenhamos aproximadamente 80 milhões de sobreviventes com diagnóstico de câncer", observou.


Estratégias

Diversas estratégias estão sendo estudadas e desenvolvidas com intuito de melhorar a sobrevida, assim como a qualidade de vida dos pacientes, de acordo com a médica Ana Caroline Zimmer Gelatti. "É fundamental reconhecer e diferenciar pacientes com o mesmo diagnóstico, mas que necessitam tratamentos oncológicos completamente diferentes. Com o advento da biologia molecular, é possível hoje, identificarmos alvos que nos permitem individualizar o tratamento oncológico alcançando desfechos muito mais favoráveis. Portanto, dois pacientes inicialmente com o mesmo tipo de câncer podem não ter, hoje, indicação de realizar os mesmos exames, e nem mesmo a mesma modalidade de tratamento. Para isso, é necessário que os profissionais envolvidos na avaliação e condução destes pacientes se mantenham atualizados", exemplificou.

16/08/2016

Michele Wrasse
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