Santa Cruz do Sul – O setor de logística e transportes vem sendo duramente afetado com a instabilidade dos preços dos combustíveis. Este é um dos principais ingredientes que compõe o custo final sobre o serviço prestado pelas empresas, representando 40% deste montante.

O diretor da VBR Logística, Geovane Rothen, destaca que esta instabilidade dos preços causa muita apreensão no setor, pelo fato de não se ter uma segurança para a prática de preços dos serviços no dia-a-dia. “Só para citar um exemplo, o aumento de R$ 1,00 no litro pode fazer toda a diferença nos resultados, especialmente em um trajeto mais longo. Aí se acaba trabalhando apenas para empatar ou, muitas vezes, no prejuízo numa carga”, cita Rothen.

Segundo ele, o frete vem de uma defasagem de mais tempo, sendo que agora, com a pressão sobre os preços, o serviço de transporte de cargas pode se tornar inviável. “Quando sobe o combustível, as empresas de cargas não conseguem repassar automaticamente este custo no frete. Isso porque, leva um tempo para se repassar o aumento, pois o frete não sobe na mesma proporção”, argumenta o diretor.

Outro ponto são os contratos que carecem de nova negociação para que se possa repassar este aumento. “Muitos clientes demoram a retornar um pedido de renegociação e isso caba causando prejuízo para a empresa. Muitas vezes eles retornam e já tem outro aumento nas bombas”, cita. A demora para repassar os custos para a nova tabela de frete gira em torno de 30 a 60 dias, quando os preços dos combustíveis novamente já sofrem reajustes.

O desafio das empresas, segundo o diretor da VBR Geovane Rothen, é fazer o equilíbrio entre os aumentos constantes e o repasse ao valor do frete. Ele lembra que outros insumos, como o gás para as empilhadeiras, os lubrificantes e óleos e os próprios pneus, entram na mesma dinâmica de aumento, pois dependem do petróleo.

Assessoria de imprensa da VBR Logística

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